terça-feira, 19 de março de 2013

Post do Paliteiro - Starman, uma das melhores séries de super heróis já escrita!


E aí paliteiros, depois de muito tempo estou de volta com um post feito pelo amigo Rafael do SuperScans (link na imagem ao lado) falando sobre uma das série mais legais que tive a oportunidade de ler e infelizmente não teve chance por aqui, uma pena.
Fiquem aí com o texto do cara e aguardem mais nos próximos dias.

Ted Knight
Caso você não tenha ouvido falar de Starman, foi um título publicado pela DC no final dos anos 90 que durou 80 edições. A série foi escrita por James Robinson, que recentemente escreveu Superman: Nova Krypton e também uma fase da LJA. Durante sua publicação, a série recebeu diversos elogios e possuía uma base de fãs fervorosos ( é dito que na época era a revista com oi maior número de assinaturas da DC). entre os entusiastas é tido como uma das melhores séries já publicadas, algo quase com o mesmo nível de Sandman - também da DC Comics.

A série conta a hstória de Jack Knight um super-herói que relutantemente assume o manto de seu pai, o Starman original Ted Knight, após a morte do irmão. Starman foi criado por Gardner Fox na década de 40, o mesmo que criou o sandman da Era de Ouro (não confundir com a versão de Neil Gaiman) e Zatanna. O personagem fez parte da SJA, e pouco apareceu além das aventuras do supergrupo, fazendo com que caísse na obscuridade.
Jack Knight

Voltando aos anos 90, a DC estabeleceu uma certa tradição em dar a novos escritores as rédeas na reformulação de personagens que não estão sendo utilizados ou cujas vendas estão me declínio, desta forma se as vendas forem um desastre a perda não será tão grande. Assim como Alan Moore pegou o Monstro do Pântano e Neil Gaiman o Sandman (ambos reinventaram drasticamento os personagens) foi James Robinson (também britânico como os já citados) quem acabou ganhando a chance de escrever Starman.

Em vez de ter Ted Knight como protagonista, Robinson resolveu focar no filho de Ted, Jack.
Jack Knight é um personagem ímpar dos quadrinhos. No começo da série Jack é um cara que tem uma loja de antiguidades. Sua vida se resume a colecionar coisas (algo que os fãs de quadrinhos facilmente se identificam). Seu irmão é o atual Starman e herdou o bastão após a aposentadoria de seu pai. É o bastão, aliás, que dá os poderes a Jack. Ele permite ao seu portador voar e emitir rajadas de energia, foi criado por Ted, que é um cientista, fazendo assim de Ted Knight um dos primeiros heróis da DC a ter ‘criado’ seus poderes, pois os demais personagens ganharam seus poderes por acidente ou algum tipo de acaso (como o Flash, Lanterna Verde e Superman).

Em uma das primeiras edições da série, o irmão de Jack é assassinado no cumprimento do dever, e com uma crise atingindo a cidade, cabe a Jack assumir o manto e fazer o que é certo. Mas o que ocorre é que isso é uma coisa que ele não quer fazer, não tem interesse. Ele sempre achou que seu pai e eirmão fossem os heróis da família, e que ele seria apenas aquele que levaria uma vida simples. Mas ele acaba não tendo opção senão pegar o bastão e salvar o dia.

É essa relutância que diferencia Jack dos demais heróis dos quadrinhos. Por essa razão ele parece mais humano, alguém com que o leitor se identifica. Gostamos de pensar que se tivéssemos algum poder sairíamos por aí 7 dias da semana salvando o mundo, mas na verdade seríamos mais como Jack, nervosos e inseguros de nossos atos. Em uma das primeiras edições, Jack mergulha do céu após usar o bastão de forma incorreta.

O Sombra
A cidade que ele protege se chama Opal City, que é similar a Metropolis, porém menor e cheia de belos prédios ao estilo art-deco e sua população consiste de basicamente diversos personagens da DC que não estavam sendo bem aproveitados em outros títulos, como Dr. Fósforos, Solomon Grundy, Retalho, e O Sombra.

Originalmente a série seria desenhada exclusivamente por Tony harris, mas ele acabou com o contrato devido a divergências com Robinson. É dito que Robinson era muito específico quanto ao que deveria ser desenhado em cada painel, o que não dava muita chance de Harris externar sua criatividade. Embora Tony Harris seja um exímio artista, o rompimento não afetou a qualidade da série, pois ele foi substituído pelo igualmente talentoso Peter Snejbjerg.

Starman era essencialmente uma série de seu criador, o que é raro na DC. Todos títulos da Vertigo e Dark Horse pertencem aos seus criadores, mas isso não acontece com muita frequência em grandes editoras. Isso significa que o criador detém todos os direitos sobre suas criações. Portanto, desde o fim da série, não somente Jack Knight não mais apareceu no universo DC (com excessão de uma ou outra pequena aparição) como o restante do elenco de apoio.

Starman é uma série em quadrinhos tão acessível, que pessoas que não são fãs de HQs conseguem imergir facilmente no universo do personagem. Parte deste apelo deve-se mais ao aspecto de romance literário da série do que de um gibi de heróis. A série foi fantástica no desenvolvimento de personagens e havia muito mais diálogos do que na maioria dos gibis. Outro aspecto diferenciado é que o aspecto familiar dos personagens contribuíam muito para as histórias. A maioria dos heróis são órfãos ou de outras galáxias, o que acaba por dispensar a importância da família na vida dos heróis. Não somente a história de Jack gira em torno do relacionamento com seu pai como também os vilões e coadjuvantes possuem relacionamentos com seus irmãos, pais e avós.

Por essas razões e muitas outras, Starman foi uma série fantástica, vale a pena buscar em sebos as poucas edições que saíram aqui no Brasil (pela Magnum, Tudo Em Quadrinhos, Brainstore e Panini - esta lançou um encadernado de luxo contendo as 8 primeiras edições do título) e para quem lê em inglês, buscar os encadernados originais.

É isso aí, espero que tenham gostado. 
Se não conhecem a série recomendo e assino embaixo em tudo que o Rafael falou. Vale a pena ir atrás.
Valeu paliteiros, até a próxima.

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